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Sinpro/AL firma parceria com nutricionista
O Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) firmou mais uma parceria que visa levar saúde para os educadores. A nutricionista Rafaela Nunes possui preços promocionais para os professores que são sindicalizados ao Sinpro/AL, o desconto na consulta com a profissional pode chegar até 20%.
A profissional atende no Edifício Avenue Center, na Av. da Paz, 1338, no sala 107. Os contatos para o agendamento de consulta são: (82) 3326.4945, 9-8823.3812 e 9-9626.0702. Rafaela Nunes também possui as seguintes páginas nas redes sociais; instagram: @rafaellanutry e facebook: Rafaela Nutricionista.
Vale lembrar que os atendimentos da nutricionista são de 14h às 18h na segunda feira e de 15 às 18h na quarta-feira, sempre com o pré-agendamento.
“Muitos professores, em sua maioria, levam um vida corrida, trabalham os três turnos e por esses motivos se alimentam de forma errada, muitas vezes ocasionando diabetes, pressão alta, colesterol alto, entre outros problemas. A nutrição visa estabelecer uma alimentação adequada para transformar a vida do cidadão cada vez melhor e minimizar os riscos de doenças adquiridas por conta dos maus hábitos”, expôs Rafaela Nunes.
Assembleia será convocada para analisar propostas e falta de prestação de contas
Essa semana se reuniram os representantes do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro) e do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Alagoas (Sinepe) para discutirem a seguintes pautas: antecipação do Dia do Educador, neste ano de 2015, do dia 15 para o dia 13 de outubro (terça-feira), unificação das férias para o período compreendido entre 20 de dezembro a 20 de janeiro e a unificação do recesso junino para o período de 15 a 30 de junho.
O encontro ainda destacou o reajuste da categoria do Sindicato dos Professores de Alagoas na ordem de 7.68% repassados a categoria na data base: março/2015. “Essa foi a primeira rodada de negociações e propostas. Vamos realizar uma assembleia, que a data ainda será marcada e divulgada, para saber o posicionamento da categoria em relação as propostas tratadas”, enfatizou o presidente do Sinpro, Eduardo Vasconcelos.
Rombo também será tema da próxima assembleia
A diretoria do Sinpro/AL adianta que nessa mesma assembleia será discutido o rombo de R$ 50 mil praticado pelo ex-presidente do Sinpro/AL, Fernando Firmino, e as medidas cabíveis que serão tomadas em conjunto com as autoridades competentes.
“Os filiados precisam estar cientes do que ocorreu no Sinpro. Os demonstrativos financeiros falam por si só. A próxima assembleia será esclarecedora em diversos aspectos para os professores da rede privada de ensino de Alagoas”, finalizou Eduardo.
Saiba mais: http://sinpro-al.com.br/v2/?p=896 (Ex-presidente do Sinpro/AL sacou R$ 50 mil sem prestação de contas)
Ex-presidente do Sinpro/AL sacou R$ 50 mil sem prestação de contas
O ex-presidente do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL), Fernando Firmino, sacou um dia antes da eleição do Sindicato , no dia 7 de maio, R$ 50 mil da conta do Sinpro/AL. De posse, recente, do controle das movimentações financeiras do Sinpro a nova diretoria eleita pôde detectar o rombo nas finanças da entidade.
Vale ressaltar que estatutariamente só quem possui o poder de transações financeiras são o presidente e o tesoureiro do Sindicato. A nova diretoria já se comprometeu em fazer um minucioso levantamento para saber se outros montantes foram sacados ou transferidos sem qualquer tipo de explicação ou prestação de contas.
O atual presidente do Sinpro/AL, Eduardo Vasconcelos, destacou que as autoridades competentes serão informadas o mais breve possível sobre o desmando fiscal ocorrido no Sindicato dos Professores de Alagoas.
O dinheiro que está na conta do Sinpro/AL é de contribuição dos professores ou fruto do imposto Sindical. “A verba do Sindicato não pode ser usada para fins particulares. As autoridades competentes irão investigar e esperamos que os culpados sejam punidos no rigor da lei”, destacou Eduardo Vasconcelos.
Sede do Sinpro/AL em Arapiraca entra em atividade na segunda-feira (13/07)
Conquista. Esse é o sentimento da diretoria do Sindicato dos Professores de Alagoas com a sede da entidade em Arapiraca que começará seu funcionamento na próxima segunda-feira (13/07). A interiorização do Sinpro/AL foi um dos compromissos da diretoria eleita que hoje é uma realidade.
Com exatos 65 dias de atividades o novo comando do Sinpro/AL começa de forma concreta o seu projeto de interiorização do Sindicato para os quatro cantos do Estado. O próximo quadriênio da atual gestão pretende defender os interesses e ampliar as coquistas dos docentes em todo Estado.
A sede do Sinpro/AL em Arapiraca irá atender os professores do município e regiões circunvizinhas. Os diretores José Nivaldo Mota, Marcelo Porto e Eduardo Vasconcelos estiveram em Arapiraca resolvendo os últimos detalhes para que a sede do Agreste comece seu pleno funcionamento.
A sede do Sinpro/AL em Arapiraca fica localizada no Largo Dom Fernando Gomes, n º 33, Centro, na sala 103, (referência: no prédio que fica a loja Festival de Calçados). O telefone para contato é: 996985366. A sede no interior irá funcionar inicialmente de 9h às 13h.
Representante do IBESA diz ao MPT que irá pagar salário atrasado dos professores
O presidente e vice-presidente do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL), respectivamente, Eduardo Vasconcelos e José Nivaldo Cardoso Mota estiveram na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) em audiência com o procurador regional do Trabalho, Rafael Gazzanéo, para sanar os problemáticas da faculdade Ibesa. O Sinpro/AL foi informado que há quatro meses os professores não recebiam de forma regular os seus vencimentos e que o último mês estava em atraso.
A empresa reconheceu através do seu preposto, Rodrigo Alves Oliveira dos Santos Xavier, ao MPT que a faculdade Ibesa “ainda permanece atrasado os salários dos seus empregados, porém esclarece que, atualmente, somente existe um mês de salários atrasados, também reconhece que os reajustes salariais previstos em convenção coletiva de trabalho não foram implantados nos salários dos seus empregados”.
A Ibesa ainda reconheceu outra irregularidade contra os professores: “os depósitos do FGTS não estão sendo realizados, porém pretende passar a realizar os depósitos mensais”.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) estipulou a pedido do procurador regional do Trabalho, Rafael Gazzanéo, um prazo de 120 dias para que a faculdade Ibesa “regularizar a situação dos seus empregados”.
“Atuação fiscalizadora do Sinpro/AL coibi, muita das vezes, a exploração que vem ocorrendo com os professores nas instituições de ensino. Esperamos que a Ibesa se adeque o quanto antes as determinações do MTPT”, enfatizou o presidente do Sindicato dos Professores de Alagoas, Eduardo Vasconcelos.
Somos professores com orgulho e exigimos respeito!
Sinpro/AL defende a equiparação salarial na educação básica
Sinpro/AL subscreve nota pública do Conselho Municipal de Educação de Maceió
O Conselho Municipal de Educação de Maceió (Comed), o Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) e outras entidades destacaram em nota pública a importância da revisão e o realinhamento do Plano Municipal de Educação de Maceió.
A nota alerta: “Como um Plano de Estado, o Plano Municipal de Educação de Maceió é parâmetro central que norteia a ação administrativa, política e jurídica para Educação Municipal, ratificando-se, portanto, sua importância e necessidade imprescindível de discussão, apreciação e aprovação por parte da Câmara de Maceió e homologação por parte do Executivo”.
A nota ainda salientou as polêmicas em torno do Plano Municipal de Educação de Maceió. “Lamentamos as informações inverídicas, amplamente divulgadas, a respeito do teor e dos objetivos do Plano Municipal de Educação de Maceió”.
O documento público assinado pelo Comed e o Sinpro/AL afirma “a necessidade de todos/as atentarem para a valorização da vida e da dignidade humano […] Educação tem o deve de forma cidadãos conscientes, e sobretudo, desprovidos de qualquer formas de preconceito étnicos, culturais, de gêneros e religiosos”.
Confira o que foi notícia no mês de junho no www.sinpro-al.com.br
Em defesa dos professores: Sinpro/AL firma contrato com escritório jurídico Onuki & Gameleira
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=768
Sinpro/AL denuncia o não pagamento de FGTS do IESC
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=771
Sinpro/AL solicita ao MPT mediação de demissão em massa da Unirb
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=774
Professor sindicalizado ao Sinpro/AL terá desconto em pós-graduação na Unit
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=777
Sinpro/AL e Cerest firmam parceria para saúde preventiva do professor
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=781
5º Forró do Fessô é na sexta-feira (12/06); você não pode perder!
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=785
Assembleia será realizada no dia 20 de junho
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=792
Sinpro/AL denuncia irregularidades no Montessori
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=795
Sinpro/AL informa SEDS da insegurança próximo ao Montessori
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=798
Nova gestão do Sinpro/AL completa um mês de atuação
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=801
Sinpro/AL define acordo coletivo da Estácio e Unit na próxima semana
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=804
Sinpro/AL realizará “força tarefa” para constatar irregularidades em escolas na rede privada
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=807
Planejamento estratégico do Sinpro/AL será debatido entre os dias 13 e 14/06
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=810
5º Forró do Fessô é amanhã (12/06); você não pode perder!
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=813
Nota de falecimento
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=816
MPT vai inspecionar escolas; pedido foi realizado pelo Sinpro/AL
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=820
Sinpro Solidário apoia o Cursinho Comunitário QI de Delmiro Gouveia
http://sinpro-al.com.br/v2/?paged=2
Sinpro/AL notifica escola no Jacintinho
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=834
Sinpro/AL investe em programa de gestão para sindicatos
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=836
Posse solene da nova diretoria do Sinpro ocorreu durante o “Forró do Fessô”
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=842
Comunicado de recesso
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=848
Planejamento estratégico do Sinpro é discutido
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=852
Núcleo de Apoio Psicológico aos Professores começa a ser planejado no Sinpro/AL
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=855
Sinpro/AL retoma as atividades na terça-feria (30/6)
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=863
Professores devem gozar os feriados dos dias 24 e 29 de junho
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=865
Sinpro/AL irá representar colégio Atheneu na Justiça do Trabalho
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=868
Lei da mordaça: Projeto de Lei prevê prisão para professores
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=872
Diretores do Sinpro/AL participam de encontro da Contee em Santa Catarina
http://sinpro-al.com.br/v2/?p=876
Diretores do Sinpro/AL participam de encontro da Contee em Santa Catarina
Os diretores do Sindicato dos Professores de Alagoas, Eduardo Vasconcelos e Marcelo Porto, estiveram em Balneário Camboriú, Santa Catarina, para discutir durante encontro promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) a “Educação Básica” no País. Os temas foram amplamente discutidos principalmente no tocante a educação infantil e o ensino médio.
As discussões abordarão três aspectos: “o mesmo fazer – responsabilidade sistêmica – valorização diferenciada”, questões que estão diretamente relacionadas com o PNE e a necessidade de efetivação de suas diretrizes e metas.
“O Sinpro/AL está alinhado aos debates e as conquistas nacionais da categoria. Esse intercambio é de suma importância para adquirimos mais conhecimentos e elevar cada vez mais a representatividade do Sindicato dos Professores de Alagoas”, destacou Marcelo Porto.
Carta do Encontro de Educação Básica da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino:
Um ano após a sanção do Plano Nacional de Educação, que vigorará no Brasil até 2024, o Encontro de Educação Básica promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee nos dias 26 e 27 de junho de 2015, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, contribuiu para chamar a atenção para as duas pontas que se constituem como etapas fundamentais do desenvolvimento e da formação de cidadãos conscientes: a educação infantil e o ensino médio.
Enfrentamos, ao longo dos últimos anos, um nefasto processo de mercantilização e financeirização do ensino superior no país, realidade intensamente discutida e combatida pela Contee, inclusive através da campanha “Educação não é mercadoria”, de repercussão nacional. O fato é que o fenômeno cada vez mais estende seus tentáculos sobre a educação básica, em diferentes formas de privatização, seja, na educação infantil, através da multiplicação de creches conveniadas ao poder público nos municípios, seja por meio de programas como o Pronatec, que entrega nas mãos da iniciativa privada, representada, sobretudo, pelo Sistema S, a responsabilidade sobre o ensino médio profissionalizante no Brasil.
Tal questão será aprofundada no seminário internacional que será promovido pela Contee em setembro, em parceria com a Internacional da Educação. Antes, porém, as produtivas discussões deste Encontro de Educação Básica nos apontam diretrizes a serem seguidas pela Confederação e suas entidades filiadas tanto na luta trabalhista e sindical quanto na educacional em relação a essas duas etapas de ensino.
Em primeiro lugar, o encontro reitera a necessidade de o Plano Nacional de Educação ser, de fato, colocado em prática. Como denunciado pelos participantes, alguns prefeitos e governadores têm adotado medidas para enfraquecer os fóruns de educação e desrespeitado as deliberações das conferências municipais e estaduais, enviando às respectivas câmaras de vereadores e assembleias legislativas projetos que contrariam, inclusive, o próprio PNE, não estabelecendo metas para a educação infantil, o que inviabiliza políticas nesse setor. Frente a esse cenário, é crucial o fortalecimento do Fórum Nacional de Educação, que deve agir junto aos fóruns estaduais e municipais, para que todos cumpram o papel de pensar, debater e dar continuidade ao trabalho em prol da efetivação de políticas públicas para a educação.
Tal fortalecimento dos fóruns, aliás, também é importante como enfrentamento aos retrocessos sobre os quais a Contee e os participantes do encontro, representantes das entidades filiadas, manifestaram sua preocupação, entre os quais as expressões de intolerância e proselitismo religioso que evidenciam a resistência dos setores conservadores a uma educação que promova a igualdade de gênero, raça e orientação sexual. Outro retrocesso que precisa ser combatido não apenas no espectro nacional, mas no âmbito dos estados e municípios, são o conjunto de projetos de lei apresentados pelo movimento intitulado “Escola sem partido”, aos quais nos referimos como PLs da Mordaça e que tentam até mesmo criminalizar professores. Nossa defesa não é a catequese partidária e não somos favoráveis à doutrinação, como aconteceu com o nazismo, o fascismo ou como continua a ser praticado por tendências religiosas. No entanto, manifestações de interpretações teóricas e políticas diferentes e até opostas sobre fatos e conjunturas históricas e políticas são próprias da ação pedagógica.
A Secretaria de Assuntos Educacionais da Contee apresentou, durante o encontro, dados relevantes sobre as questões da educação infantil e do ensino médio e o perfil dos docentes no setor privado, os quais certamente auxiliarão nas ações a serem pensadas e desenvolvidas pela Confederação e suas entidades filiadas. Em relação à educação infantil, uma das batalhas mais urgentes, confirmada pelo encontro, é em defesa da valorização dos trabalhadores que atuam nessa fase do processo educacional, respeitando suas especificidades, mas também assegurando isonomia salarial com as demais etapas da educação básica. Nesse sentido, a Contee já lançou a campanha nacional “Professor é professor”. No entanto, é imprescindível que, mais do que peça publicitária, a campanha seja um motivador de ações concretas das entidades sindicais a fim de garantir a equiparação salarial, rompendo a barreira existente nas próprias convenções e acordos coletivos. Para isso, os sindicatos filiados à Confederação precisam assumir seu papel protagonista na defesa dessa agenda.
Outra frente de ações necessárias nessa área deve ser o combate ao assédio moral praticado hoje através do controle das atividades docentes, em especial das professoras e professores que atuam na educação infantil. Isso se agrava pelo fato de a maioria das escolas privadas não ter personalidade pedagógica, constituindo-se como instituições que visam apenas o lucro.
Sobre o projeto de reforma do ensino médio, o encontro expôs a preocupação da Contee a respeito de algumas das propostas e questões curriculares que tramitam no Congresso Nacional e que têm sido discutidas também no âmbito tanto do Ministério da Educação quanto da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. A Confederação continuará sua atuação junto a cada um desses órgãos, a fim de manifestar suas posições e garantir a efetivação de políticas que, mais do que alterações curriculares, promovam um real entendimento da importância do ensino médio – e isso inclui o ensino técnico e profissionalizante, cuja situação preocupante foi destacada em função do Pronatec e dos desafios postos pela expansão da interferência do setor empresarial – não como mero rito de passagem para o ensino superior, mas como etapa fundamental da formação, alinhada com um projeto de desenvolvimento nacional sustentável, com justiça social.
Balneário Camboriú, 27 de junho de 2015.
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee
Lei da mordaça: Projeto de Lei prevê prisão para professores
Se prevalecer a vontade do deputado potiguar Rogério Marinho (PSDB/RN), um professor será preso por um período que pode variar entre 4 e 16 meses e ainda terá que pagar multa se vier a ser considerado culpado pela prática de “assédio ideológico”. A pena poderá ser ampliada em 50% se o “assédio” resultar em reprovação, nota baixa ou qualquer coisa que afete a vida acadêmica do estudante.
Tudo isso está previsto no projeto de lei 1411/2015, apresentado pelo deputado Marinho em maio último. A proposta acrescenta um novo artigo ao Código Penal, tipificando como crime “toda prática que condicione (sic) o aluno a adotar determinado posicionamento político, partidário, ideológico”. Como a vítima é sempre o aluno, o autor do crime só pode ser um professor ou outro profissional da educação.
Num texto de baixíssima qualidade, o parlamentar justificou sua iniciativa. Para ele, “as instituições de ensino deveriam ter por objetivo precípuo fornecer àqueles que atendem (sic) aos seus bancos o amplo acesso ao conhecimento”, mas o que se observa são “inúmeros casos de jovens doutrinados”. Ele ainda acusa o Partido dos Trabalhadores de fazer uso dos “instrumentos educacionais para promoção de um projeto de poder”. Ao longo do relatório, cita diversos trechos do Caderno de Tese apresentado no 5º Congresso do PT.
A proposta é uma agressão inaceitável em todos os aspectos. Antes de tudo, porque trata os professores como um bando de irresponsáveis que trocaram o compromisso profissional pela doutrinação partidária. Nessa visão fantasiosa, a categoria também é homogênea do ponto de vista ideológico, simpatizante do PT e capaz até de reprovar alunos que não se sujeitarem às suas convicções políticas.
O que o deputado faz é ameaçar abertamente os professores com pena de prisão de até dois anos, além do pagamento de multa. Em seu desvario macarthista, ele transfere para a delegacia de polícia o que deveria ser discutido numa reunião pedagógica.
Pra se ter uma ideia do que essa ameaça ostensiva significa, o artigo 146 do Código Penal descreve o crime de constrangimento ilegal como o ato de constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, com pena máxima de um ano ou multa.
Apesar de patético, o PL 1455 não pode ser tratado com desdém. Ele alimenta o ambiente de intolerância, estimula o denuncismo e torna os professores mais vulneráveis a acusações e pressões.
O CARTAZ E A MORDAÇA
Igualmente patético e abusivo é o projeto de lei 867/2015, de autoria do deputado Izalci (PSDB/DF), contador, dono de escola e ex-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do DF.
Em tom ofensivo, o projeto veda a “doutrinação política e ideológica” nas salas de aula e proíbe “conteúdos ou atividades [que estejam] em conflito com as convicções morais e religiosas dos pais ou responsáveis dos alunos”.
As escolas ficam obrigadas a afixar nas salas de aulas e salas dos professores, cartaz de 50X 70 cm, onde se leem sete deveres dos professores. Dois exemplos: “I – o professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária” e “II – o professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções ideológicas, morais ou religiosas”.
As instituições confessionais e particulares orientadas por convicções religiosas, ideológicas ou morais deverão “obter dos pais ou responsáveis pelos estudantes, no ato da matrícula, autorização expressa para a veiculação de conteúdos identificados com os referidos princípios”.
O projeto também se encontra na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, aguardando a designação de um relator.
A Contee divulgou uma nota de repúdio em nome de todas as entidades filiadas contra o que denominou a “lei da mordaça”.
A luta agora será travada na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para que os dois projetos de lei sejam rejeitados.
Fonte: Sinpro-SP