Diretores do Sinpro/AL se reúnem com representantes da Superintendência de Vigilância em Saúde

Diálogo entre representantes da Suvisa e do Sinpro/AL

A Secretaria de Saúde de Alagoas convidou o Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) para ser um parceiro na campanha de vacinação de crianças e adolescentes contra o Papilomavírus Humano (HPV). Em reunião com representantes da Superintendência de Vigilância em Saúde, o presidente e a diretoria da entidade classista, Eduardo Vasconcelos e Enaura Fernandes, respectivamente, se coloram a disposição para contribuir com a campanha que envolverá os 102 municípios alagoanos.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde apontam que cerca de 330 mil adolescentes (meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14) estão desprotegidos. Vale lembrar que essa vacina faz parte da rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O presidente do Sinpro/AL, Eduardo Vasconcelos, entende que esse grupo de mais de 300 mil adolescentes sem a vacinação do HPV está em sala de aula. “Essa inteiração entre o governo do Estado e a rede privada de ensino irá ampliar a divulgação e, consequentemente, o número de imunizados”, colocou Vasconcelos.

As enfermeiras que fazem parte da Superintendência de Vigilância em Saúde, Juliana Nunes e Laudicea Vieira, explicaram a necessidade dos professores da rede privada aderirem essa campanha de conscientização.  O presidente do Sinpro explicou que irá comunicar o Sindicato das Escolas sobre a importância desse projeto.

“As escolas devem manter contato com as Secretarias de Saúde dos seus municípios para solicitar que a mesma possa disponibilizar a logística que irá vacinar seus estudantes”, explicou Vasconcelos.

A superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Cristina Rocha, salientou a importância da ação pedagógica desenvolvida pelo Sinpro/AL em alertar sobre a vacinação de crianças e adolescentes contra o Papilomavírus Humano (HPV).

Por fim, o presidente do Sinpro/AL expôs que irá encaminhar um ofício para as secretárias de Saúde dos 102 municípios salientando a importância da vacinação contra o HPV em relação aos estudantes da rede privada de ensino.

Sobre o HPV

O vírus do papiloma humano (HPV) infecta as mucosas da pele e possui mais de 200 variações diferentes.

A maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, mas certos tipos são encontrados no colo do útero, do qual se estima que sejam responsáveis por mais de 90% de todos os casos verificados.

A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, sendo uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais frequentes.

Estima-se que 25% a 50% da população feminina mundial esteja infectada, e que 80% das mulheres contraiam a infecção durante algum período de suas vidas.

A maioria das situações não apresenta sintomas clínicos, mas algumas desenvolverão alterações que podem evoluir para o câncer de colo de útero.

O exame mais indicado para o diagnóstico destas alterações é o papanicolau.

A infecção também pode ocorrer no homem, embora as manifestações clínicas sejam menos frequentes do que na mulher. O câncer de colo de útero é o segundo tipo da doença que mais mata mulheres no mundo, perdendo apenas para o câncer de mama.

As opções de tratamento dependem do tipo e extensão das lesões causadas pelo HPV, podendo ser indicado um tratamento com quimioterapia para destruir as células com problemas ou, em casos mais graves, é necessária a remoção das lesões por meio de cirurgias e retirada do útero.