Sinpro/AL repudia falta de diálogo para reforma do Ensino Médio Brasileiro

ensino-medioO Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) repudia a reforma no Ensino Médio Brasileiro proposto pelo Governo Federal por meio de Medida Provisória (MP). Vale ressaltar que a MP não foi discutida com professores, entidades de classe, responsáveis dos alunos, estudantes e a sociedade brasileira de uma forma geral.

A Sinpro/AL entende que o governo do presidente Michel Temer agiu de forma arbitrária, impositiva, o que vai de encontro ao processo democrático de direito. Várias medidas da MP prejudicam os educadores, e enfraquece o sistema educacional no País, já tão sucateado e desvalorizado.

A MP tem em seu texto original limitações e posições perniciosas, como:

O fatiamento do currículo em cinco ênfases ou itinerários formativos implica na negação do direito a uma formação básica comum e resultará no reforço das desigualdades de oportunidades educacionais, já que serão as redes de ensino a decidir quais itinerários poderão ser cursados;

O reconhecimento de ‘notório saber’ com a permissão de que professores sem formação específica assumam disciplinas para as quais não foram preparados institucionaliza a precarização da docência e compromete a qualidade do ensino;

O incentivo à ampliação da jornada (tempo integral) sem que se assegure investimentos de forma permanente resultará em oferta ainda mais precária, aumentará a evasão escolar e comprometerá o acesso de quase 2 milhões de jovens de 15 a 17 anos que estão fora da escola ou que trabalham e estudam;

A profissionalização como uma das opções formativas resultará em uma forma indiscriminada e igualmente precária de formação técnico-profissional acentuada pela privatização por meio de parcerias e

A retirada da obrigatoriedade de disciplinas como filosofia, sociologia, artes e educação física, que é mais um aspecto da sonegação do direito ao conhecimento e compromete uma formação que deveria ser integral – científica, ética e estética.

Por todos esses motivos, o Sinpro/AL defende a unidade das entidades representativas dos professores para que aja uma mobilização popular para que a MP não passe no Congresso Nacional.

Somos professores com orgulho e exigimos respeito!