Pelo direito à liberdade, à democracia, à legalidade. Educadoras/es dizem NÃO ao golpe!
Os Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação do Estado de Alagoas vem manifestar-se sobre os últimos acontecimentos em nosso país, de modo a deixar claro para a sociedade e a todos/as os/as profissionais da educação o seu posicionamento em relação às violações e aos desrespeitos às instituições democráticas, estas consolidadas pelo esforço de luta da população brasileira.
Neste momento a nossa jovem democracia não pode ser novamente suprimida, como fora outrora, em detrimento de um processo seletivo de informações e um conjunto de vazamentos cotidianos ainda mais seletivos, dando a entender que a justiça não está sendo idônea em um dos seus princípios básicos, que é a isonomia em julgar.
Assim, repudiamos quaisquer tentativas de ruptura com o Estado Democrático de Direito e principalmente o movimento em direção a um Estado de cerceamento de direitos, com sérias ameaças e violações à democracia.
O país foi paralisado por interesses políticos de grupos que não se conformam em ter que dividir espaços e direitos com a maioria da sociedade que sempre foi explorada e excluída por seus governos. Essa crise política tem aprofundado a crise econômica que chegou ao Brasil embora tardiamente em relação aos demais países.
É urgente retomar a capacidade de gestão pública do governo para que possamos enfrentar a crise econômica, retomando o crescimento, suspender os cortes nas políticas públicas, gerar empregos, avançar na valorização salarial e devolver o poder de compra da população.
A democracia é um bem nosso, conquistada com sangue e vidas de brasileiras e brasileiros que nos antecederam na luta por um país democrático e justo, e nós saberemos honrar essa luta e defendê-la nesse em todos os momentos.
Logo, precisamos lutar para manter o direito à democracia, pois de forma alguma esqueceremos de nossa história, onde lutamos contra os anos de ditadura militar; Participamos da campanha nacional das “diretas já!”, pelo direito da escolha popular através do voto direto; Nós, que enquanto servidores públicos só conquistamos o direito de nos organizar em sindicato a partir da Constituição Federal de 1988; Sabemos o que representa uma campanha contra a legalidade do Estado democrático de Direito ou tentativa de negar ou desqualificar o legitimo resultado da eleição.
O que vemos hoje é um conjunto de ações que ao invés de ter base jurídica, passam por cima das leis, criando factoides e tentando colocar a opinião pública contra a decisão do povo brasileiro, manifestada através do voto direto nas últimas eleições.
Nós somos radicalmente contra qualquer forma de corrupção. Corrupção que é pautada na essência do nosso sistema econômico, que tem como pressuposto aumentar as desigualdades sociais.
Queremos um país em que acusados sejam julgados/as e punidos/as, porém que esse processo de julgo não seja seletivo e discriminatório.
É fundamental, defender e manter os direitos sociais e trabalhadores, ou seja, o governo precisa retomar o programa que elegemos nas urnas em 2014. A sociedade brasileira, se não aceita e combate a corrupção, não pode, em igual proporção aceitar ou sequer admitir o desmonte da democracia, ainda mais se esse golpe contra a democracia vem disfarçado numa poeira raivosa, de ódio e intolerância manipulada pela grande mídia que vem servindo aos interesses econômicos, travestida de falso patriotismo, provocando convulsões sociais e fazendo aflorar rivalidade, ódio e descontrole entre iguais em manifestações sociais ou mesmo no cotidiano dos nossos lares.
Reafirmamos que a democracia está sendo fortemente ameaçada, e quem vai sofrer as consequências mais perversas é a classe trabalhadora.