Rayssa Tenório

Fasvipa: Professores pedem demissão indireta

Reunião com professores

Após reunião entre os membros da direção do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL), a comissão de professores e o representante da faculdade Fasvipa, para última negociação, os professores decidiram acabar com a greve e entraram com pedido de demissão indireta junto a Justiça do Trabalho.

Com essa decisão fica a cobrança de todas as verbas trabalhistas que estão em atraso – como salários, FGTS, correção salarial dos últimos anos, décimo terceiro e férias – para serem pagas.

A diretoria do Sinpro/AL reitera que a decisão escolhida em assembleia dos professores da Fasvipa está sendo apoiada pelo Sindicato e respectivamente pela sua assessoria jurídica.

Somos professores com orgulho e exigimos respeito!

 

Sinpro Saúde: Como a escola adoece o professor?

Alan Sampaio / iG Brasília

Estrutura escolar adoece professores e leva a abandono da profissão

Para historiador da USP, sociedade critica todos os aspectos do cotidiano escolar, mas se esforça para mantê-los da mesma forma.

“O ambiente escolar me dá fobia, taquicardia, ânsia de vômito. Até os enfeites das paredes me dão nervoso. E eu era a pessoa que mais gostava de enfeitar a escola. Cheguei a um ponto que não conseguia ajudar nem a minha filha ou ficar sozinha com ela. Eu não conseguia me sentir responsável por nenhuma criança. E eu sempre tive muita paciência, mas me esgotei.”

O relato é da professora Luciana Damasceno Gonçalves, de 39 anos. Pedagoga, especialista em psicopedagogia há 15 anos, Luciana é um exemplo entre milhares de professores que, todos os dias e há anos, se afastam das salas de aula e desistem da profissão por terem adoecido em suas rotinas.

 

Para o pesquisador Danilo Ferreira de Camargo, o adoecimento desses profissionais mostra o quanto o cotidiano de professores e alunos nos colégios é “insuportável”. “Eles revelam, mesmo que de forma oblíqua e trágica, o contraste entre as abstrações de nossas utopias pedagógicas e a prática muitas vezes intolerável do cotidiano escolar”, afirma.

O tema foi estudado pelo historiador por quatro anos, durante mestrado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Na dissertação O abolicionismo escolar: reflexões a partir do adoecimento e da deserção dos professores, Camargo analisou mais de 60 trabalhos acadêmicos que tratavam do adoecimento de professores.

Camargo percebeu que a “epidemia” de doenças ocupacionais dos docentes foi estudada sempre sob o ponto de vista médico. “Tentei mapear o problema do adoecimento e da deserção dos professores não pela via da vitimização, mas pela forma como esses problemas estão ligados à forma naturalizada e invariável da forma escolar na modernidade”, diz.

Luciana começou a adoecer em 2007 e está há dois anos afastada. Espera não ser colocada de volta em um colégio. “Tenho um laudo dizendo que eu não conseguiria mais trabalhar em escola. Eu não sei o que vão fazer comigo. Mas, como essa não é uma doença visível, sou discriminada”, conta. A professora critica a falta de apoio para os docentes nas escolas.

“Me sentia remando contra a maré. Eu gostava do que fazia, era boa profissional, mas não conseguia mudar o que estava errado. A escola ficou ultrapassada, não atrai os alunos. Eles só estão lá por obrigação e os pais delegam todas as responsabilidades de educar os filhos à escola. Tudo isso me angustiava muito”, diz.

Viver sem escola: é possível?

Orientado pelo professor Julio Roberto Groppa Aquino, com base nas análises de Michel Foucault sobre as instituições disciplinares e os jogos de poder e resistência, Camargo questiona a existência das escolas como instituição inabalável. A discussão proposta por ele trata de um novo olhar sobre a educação, um conceito chamado abolicionismo escolar.

“Criticamos quase tudo na escola (alunos, professores, conteúdos, gestores, políticos) e, ao mesmo tempo, desejamos mais escolas, mais professores, mais alunos, mais conteúdos e disciplinas. Nenhuma reforma modificou a rotina do cotidiano escolar: todos os dias, uma legião de crianças é confinada por algumas (ou muitas) horas em salas de aula sob a supervisão de um professor para que possam ocupar o tempo e aprender alguma coisa, pouco importa a variação moral dos conteúdos e das estratégias didático-metodológicas de ensino”, pondera.

Ele ressalta que essa “não é mais uma agenda política para trazer salvação definitiva” aos problemas escolares. É uma crítica às inúmeras tentativas de reformular a escola, mantendo-a da mesma forma. “A minha questão é outra: será possível não mais tentar resolver os problemas da escola, mas compreender a existência da escola como um grave problema político?”, provoca.

Na opinião do pesquisador, “as mazelas da escola são rentáveis e parecem se proliferar na mesma medida em que proliferam diagnósticos e prognósticos para uma possível cura”.

Problemas partilhados

Suzimeri Almeida da Silva, 44 anos, se tornou professora de Ciências e Biologia em 1990. Em 2011, no entanto, chegou ao seu limite. Hoje, conseguiu ser realocada em um laboratório de ciências. “Se eu for obrigada a voltar para uma sala de aula, não vou dar conta. Não tenho mais estrutura psiquiátrica para isso”, conta a carioca.

Ela concorda que a estrutura escolar adoece os profissionais. Além das doenças físicas – ela desenvolveu rinite alérgica por causa do giz e inúmeros calos nas cordas vocais –, Suzimeri diz que o ambiente provoca doenças psicológicas. Ela, que cuida de uma depressão, também reclama da falta de apoio das famílias e dos gestores aos professores.

“O professor é culpado de tudo, não é valorizado. Muitas crianças chegam cheias de problemas emocionais, sociais. Você vê tudo errado, quer ajudar, mas não consegue. Eu pensava: eu não sou psicóloga, não sou assistente social. O que eu estou fazendo aqui?”, lamenta.

 

Fonte: ultimosegundo.ig.com

NOTA DE FALECIMENTO

Professor Roberto Costa

É com muito pesar que o Sindicato do Professores de Alagoas (Sinpro-AL), informa aos colegas professores e associados o falecimento do amigo e professor Roberto Costa.

Um profissional que com sua alegria e dedicação abrilhantava os espaços do Colégio Marista de Maceió.

Estamos dando aos seus familiares, nossos sinceros sentimentos. O Sinpro-AL está de luto pela perda.

Feriado: Sinpro/AL retoma suas atividades na segunda (16/10)

Devido o feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, o Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) informa para categoria que retomará suas atividades na segunda-feira, 16/10, em seu horário normativo, de 9h às 15h.

Desde já a diretoria do Sinpro/AL agradece a compreensão dos professores.

Somos professores com orgulho e exigimos respeito!

Sinpro Cultural: professor Damasceno lança livro

(Livro “Vá para Cuba”)

Professor e escritor, Damasceno lançou seu primeito livro durante a 8° Bienal Internacional do Livro em Alagoas. “Vá para Cubá” conta sobre suas viagens ao país.

Apaixonado por Cuba desde a adolescência, quando a conheceu nos jogos olímpicos pela televisão, ele achava interessante como um país tão pequeno, conseguia se destacar no esporte com atletas tão preparados. Todas as histórias, boas e más, que ouvia, lhe encheu de curiosidade. Foi o que conduziu Damasceno a conhecer o país.

“Minha principal motivação para escrever esse livro, foi algumas viagens que fiz á Cuba. Eu conto no livro um pouco das curiosidades do país”.

Foram três viagens até Cuba. Com uma mochila nas costas, ele caminhou pelas ruas da ilha e ouviu o relato das pessoas por onde passava. Na primeira viagem, ele ficou em Havana e assistiu a comemoração de 1° de maio, onde Fidel Castro comandou a comemoração, pela ultima vez, em 2006. Em 2010 Damasceno retornou e fez a rota da revolução. Foi até Santa Clara, onde existe o Malzoleu do Ernesto Guevara, e de lá foi para Santiago de Cuba, onde começou o processo revolucionário de Fidel Castro e dos Moncadistas. Em 2013, voltou para participar de eventos ligados a educação – como questões geopolíticas e ambientais – com professores do mundo inteiro.

Em sua obra ele conta o que viu, sentiu e ouviu em suas viagens. “Como sou geógrafo, o livro apresenta a geografia da ilha, que em alguns aspectos se parece com a geografia de Alagoas. Cuba também tem uma história parecida com a de nosso Estado, que envolve a escravidão e a cana-de-açúcar”, comentou.

O livro também conta um pouco sobre a biografia do país, do início até a situação atual em que se encontra. Mostra a economia, a política, o turismo, as pesquisas de biotecnologia e da relação dos Estados Unidos com o país.

O livro pode ser adquirido pelo site da Imprensa Oficial ou pelo email: marcos.damasceno@hotmail.com

(Marcos Damasceno)

Mais sobre o escritor

O professor Marcos Damasceno nasceu em 1970 na cidade de Santana de Ipanema, sertão alagoano. Veio morar em Maceió aos seis anos de idade. Fez sua Graduação e Pós-Graduação, em Geografia, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Atua como professor desde 1994.

Damasceno é um leitor afiado. É fã da literatura estrangeira. Já leu um pouco de tudo. Literatura russa, estado-unidense, inglesa, francesa e não poderia faltar a literatura brasileira. Suas inspirações conterrâneas são Graciliano Ramos, Machado de Assis e Jorge Amado. Ele conta que o fato de ler muito lhe deu motivação para começar a escrever.

 

Nota de pesar

O Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) lamenta com profundo pesar o falecimento do professor Ivon Cordeiro.

Ivon era professor de basquete do Colégio Marista, atuava e residia em Maceió.

Os professores alagoanos estão de luto.

Que Deus com sua infinita bondade conforte seus familiares e amigos nesse momento de dor e saudade.

 A Diretoria

Sinpro Solidário: Pai do Professor Ricardo Moral necessita de doação de sangue

O pai do Professor Ricardo Moral, Sr.  JOSÉ SABINO DE OLIVEIRA FILHO, necessita urgente de doação de sangue. Ele está internado no Hospital Vida.

Quem puder colaborar com esse ato de solidariedade basta ir ao Hemoal no bairro do Trapiche, em Maceió, das 07h30min às 11h e das 13h às 16h e informar o nome da paciente.

Vale ressaltar que qualquer tipo de sangue é bem vindo, pois o sistema de “permuta” é realizado quando você informar para quem será sua doação.

Doe sangue, doe vida!

Preços especiais de plano de saúde para professores sindicalizados

O Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL), em parceria com o plano de saúde AMI, preparou um plano ambulatório especial para nossos sindicalizados. Vale lembrar que os cônjuges e os dependentes dos professores também são beneficiados.

Confira os planos a partir de R$ 86,00.

Tabela completa:

Somos professores com orgulho e exigimos respeito!

Brasília: diretores do Sinpro/AL participam de evento em defesa da educação

(José Nivaldo Mota, Eduardo Vasconcelos e Marcelo Porto)

Os direitos do Sindicato dos Professores de Alagoas, Eduardo Vasconcelos, Marcelo Porto e José Nivaldo Mota marcaram presença no XIX Conselho Sindical (Consind) da Contee,realizado em Brasília, que contou com a participação de 300 delegados representando 63 sindicatos, sete federações e a própria Confederação. Foram aprovados um plano de lutas para o próximo período e moções sobre temas da atualidade.

A mesa da plenária final foi comandada pela coordenadora da Secretaria-Geral, Madalena Guasco, o coordenador da Secretaria de Finanças, José de Ribamar Virgolino Barroso, e o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis. “Debatemos, discutimos, apontamos rumos. O desafio é por em prática, conversar com as bases em nossas entidades e colocar em movimento essas deliberações, para reverter o quadro desfavorável que estamos vivendo. Agora vamos nos encontrar nas ruas e praças deste país, na luta em conjunto com o povo brasileiro”, afirmou Gilson, ao encerrar o Consind.

Gisele Vargas, coordenadora da Secretaria de Defesa de Direitos de Gênero e LBGTT, informou sobre a realização, no Sinpro-PA e na FeteeSul, de encontros de mulheres “onde aprovamos propostas para as companheiras fomentarem esses encontros nos estados, porque pretendemos realizar um encontro nacional no ano que vem. Precisamos de unidade para melhor resistir às investidas machistas e homofóbicas”.

(19° CONSID – Em Brasília)

Em seguida, Gilson lembrou que a Executiva da Contee, quando decidiu o processo do Consind, pensou em três etapas. “A primeira, o próprio Consind, para aprofundar a reflexão sobre conjuntura, mundo do trabalho, batalha jurídica, situação da educação. A segunda vai ocorrer no fim do mês de novembro, quando vamos realizar uma reunião nacional de três dias, e diz respeito às campanhas salariais ou reivindicatórias. Vamos traçar um plano nacional e uma proposta unificada. E a terceira etapa é a proposta de realizar uma reunião ampliada da Executiva Plena, em fevereiro. Queremos debater as questões de financiamento, estrutura, organização. Saímos daqui compreendendo o que está colocado para nós nesse período e, conhecendo os problemas, temos muito mais condições de enfrentá-los”.

Ao submeter ao plenário o plano de lutas, aprovado por unanimidade, Madalena lembrou que “o Consind é uma atualização das grandes bandeiras de luta da Contee, já afirmadas no nosso congresso”. O plano, que em breve será disponibilizado no portal da Contee, envolve ações nacionais, internacionais, campanhas e comunicação, organização sindical, questões jurídicas e educação.

O coordenador-geral enfatizou quatro propostas: a realização de um Dia Nacional de Lutas e Manifestações, em 10 de novembro, véspera da vigência da contrarreforma trabalhista: “Estamos construindo um campo de unidade com as centrais sindicais. Essa é uma prioridade da Contee, mas só será efetivada se houver engajamento das entidades”. A campanha contra a desprofissionalização “Apagar o professor é apagar o futuro”, já disponível no portal da Contee: “agora é necessário que os sindicatos ajudem a divulgar”. A campanha da CUT pela revogação da reforma trabalhista, “que estamos incorporando, uma batalha política que vamos travar”. E a realização da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), que “tem que ser uma ampla mobilização política nos municípios, nos estados e nacional em defesa da educação brasileira”.

Portal CTB destaca Campanha Nacional contra Desprofissionalização do Professor

Contee lança campanha nacional pela valorização do profissional do magistério

“A educação brasileira corre sério risco com as medidas que vêm sendo tomadas pelo governo de Michel Temer”, diz Madalena Guasco Peixoto, secretária-geral e vice-coordenadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).Para se contrapor às ameaças que pairam sobre a educação, principalmente no setor público, a Contee lança a Campanha Nacional contra a Desprofissionalização do Professor. “O nosso objetivo é mostrar à sociedade a importância de termos uma boa educação para garantir um futuro pleno de possibilidades para as nossas crianças e jovens”, acentua.Além do projeto Escola Sem Partido e o congelamento dos investimentos em educação por 20 anos, Peixoto cita três medidas, que na sua opinião mostram o caráter das reformas propostas pelo governo federal.A primeira medida citada é o rebaixamento da licenciatura de 3.600 horas para 100 horas e ainda à distância. “Dessa forma, qualquer pode fazer esse curso e em 100 horas fica habilitado a dar aula sobre o que estudou nesse escasso período”, conta.

Outro projeto é a portaria que liberou o ensino à distância para a

educação básica. “Assim elimina a figura da professora e liquida com a possibilidade de um ensino voltado para o desenvolvimento pleno dos alunos e a socialização do conhecimento, a troca de experiências”.

Assista o vídeo da campanha: 

Finalmente, diz Peixoto, “a reforma do ensino médio detona a possibilidade de uma educação voltada para a ampliação dos horizontes das pessoas”. Ela cita ainda a intenção do Ministério da Educação (MEC) em “privatizar as escolas, que poderão terceirizar o seu quadro de funcionários, inclusive professoras e professores”.

Já para Marilene Betros, secretária de Políticas Educacionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “a campanha da Contee é interessante porque apresenta à sociedade o desmonte que esse governo está fazendo na educação pública principalmente”.

Betros afirma que o Piso Salarial Nacional do Magistério e a obrigatoriedade de se aplicar os planos de carreira, valorizando a formação “podem ir por água abaixo com essas medidas inóspitas tomadas pelo MEC e pelo Congresso Nacional. Medidas que favorecem apenas a uma minoria muito rica que pode arcar com os custos de uma educação extremamente cara para os seus filhos e filhas”.

Ela questiona também a possibilidade de educadoras e educadores poderem ser contratados com base no “notório saber”. De acordo com a sindicalista da CTB, “com isso qualquer um poderá lecionar, mesmo sem ter didática alguma”.

Peixoto explica que essa á a primeira fase da campanha. Na próxima fase “frequentaremos todas as assembleias legislativas estaduais para mostrar o perigo de o país ficar sem professores e sem uma educação compatível com as nossas necessidades”.

“Um país sem professores e professoras é um país sem futuro”, conclui a jornalista Táscia Souza no site da Contee.

Por Marcos Aurélio Ruy, do Portal CTB