Presidente do Sinpro/AL expõe problemas da Fasvipa durante entrevista
Desde o mês de outubro que os professores da Faculdade São Vicente de Pão de Açúcar (Fasvipa), localizada em Pão de Açúcar, estão em greve. O motivo para realização do movimento são os constantes salários atrasados por parte do estabelecimento de ensino. Há pelo menos 60 dias os vencimentos dos educadores não são honrados.
A Fasvipa é mantida pela Sociedade Educacional e Assistencial da Paróquia de Pão de Açúcar e tem como mandatário o Monsenhor Petrúcio Bezerra de Oliveira, que até agora não se manifestou de forma pública sobre o descaso que vem ocorrendo. Quem também está sendo prejudicados são os aluno, que temem em não concluir o período por conta da falta de aulas.
A Faculdade mantém os cursos de Enfermagem, Química, Pedagogia, Matemática, Biologia, Educação Física, Sistema de Informação e Física. Vários professores já procuraram a assessoria jurídica do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) para ingressar com a demissão indireta, uma vez que muitos não acreditam mais na reestruturação financeira da Fasvipa.
Por sua vez, muitos alunos estão ingressando no Procon e no Ministério Público Estadual para narrar as problemáticas que estão ocorrendo. Ainda no mês de abril, desse ano, um movimento grevista foi realizado na Faculdade, uma vez que a instituição seguiu sem pagar os vencimentos dos docentes. A prática nociva aos trabalhadores vem se repetindo de forma reiterada.
O presidente do Sinpro/AL, Eduardo Vasconcelos, encaminhou esse ano para Dom Antônio Muniz e o Bispo da diocese de Palmeira dos Índios, Dom Dulcênio Fontes de Melo, uma carta narrando os desmandos administrativos na Faculdade São Vicente de Pão de Açúcar, que acarretou na greve geral da instituição. A diretoria do Sinpro/AL destacou para reportagem da Folha de Alagoas que nunca recebeu qualquer resposta das lideranças da Igreja Católica.
Outras problemáticas como não recolhimento de FGTS e INSS também foram detectados pelos profissionais. “A volta dos educadores está condicionada ao pagamento dos atrasados e das garantias sociais, até lá a greve será mantida por tempo indeterminado”, enfatizou Vasconcelos.
OAB/AL
O Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) informou a OAB/AL a preocupação da entidade classista da possível concessão da autorização para abertura do curso de direito na Fasvipa. A motivação para o encaminhamento do ofício para Ordem é devido à falta de compromisso dos gestores do estabelecimento de ensino com os educadores.
No ofício encaminhado para OAB/AL a entidade classista disse prestar qualquer esclarecimento sobre o abuso que a Fasvipa vem cometendo com os educadores e a tentativa da abertura do curso de Direito na instituição.
Solução
O presidente do Sinpro/AL já esteve reunido com o deputado estadual líder do governo, Ronaldo Medeiros (PMDB), expondo uma proposta de estadualização da Faculdade, uma vez que o desequilíbrio financeiro é visível.
“Tive uma boa conversa com Medeiros, e expus que a Fasvipa movimenta a economia local de Pão Açúcar. Seu fechamento representa o fechamento de postos de trabalho e oportunidade de estudo para milhares de alagoanos da região”, disse Eduardo Vasconcelos.
O sindicalista adiantou que vai tentar junto com Medeiros a proposta para o governador Renan Filho. “É uma tentativa para que a Faculdade não feche, a educação seja valorizada e os professores definitivamente respeitados”, finalizou.
Fonte: Folha de Alagoas