Crimes contra professores serão apresentados pelo Sinpro/AL ao delegado geral da Polícia Civil, BOs serão realizados contra donos de escolas

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Sede da Delegacia Geral da PC de Alagoas

O presidente do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL), Eduardo Vasconcelos, solicitou uma reunião com o delegado geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, para apresentar a realidade da violência praticada contra os educadores em Alagoas. Na pauta proposta através de ofício encaminhado pela entidade classista é destacado: “Estamos recebendo inúmeras denúncias de professores coagidos e levados a pressão psicológica que podem levar a transtornos irreversíveis”.

O documento ainda expõe para o agente público que “A violência nas escolas estão crescendo de forma considerável a ponto de que se não for tomadas providências com urgência pode-se haver um colapso no sistema educacional, em virtude da gravidade dos fatos”.

Um dos casos mais comuns é a falsificação de documentos, onde o estabelecimento de ensino simula um tipo de pagamento para o educador assinar no contracheque, quando na prática, repassa um vencimento inferior. Tal fato pode ser comprovado a partir de denúncias e constatações realizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os casos se agravam devido ao crime de coação, os professores são obrigados a assinarem documentos com ameaças de demissão. Há também indícios e relatos de coações para que professores relatem inverdades para agentes do MTE para que as escolas não sejam punidas durante fiscalizações.

Outra ação dos empresários é a compra de laudos do programa de trabalho junto a médicos para que a escola ou faculdade possa estar apta a funcionar, quando na realidade burla um sistema criterioso estabelecido por órgãos ministeriais. O Sinpro/AL detectou inúmeros casos e vai explicitar para sociedade para que os casos se tornem de conhecimento público.

A diretoria do Sinpro/AL adverte que os laudos “comprados” serão levados ao Conselho Regional de Medicina para que apure os fatos e puna de forma exemplar os profissionais que estão exercendo de forma equivocada o exercício da profissão. A entidade classista também apresentará tais fatos a autoridade policial, demonstrando ação ilegal praticada em conluio com proprietários de estabelecimentos de ensino.

O presidente do Sinpro/AL, Eduardo Vasconcelos, enfatiza que a mercantilização da educação e a busca incessante pelo lucro transformou escolas em cenários de barbárie contra os professores, onde deveria haver respeito e zelo pelo profissional, existe a exploração e desrespeitos diários.

Também será explicitado ao delegado Paulo Cerqueira que o Sinpro/AL, em defesa dos professores e devido suas prerrogativas legais, começará a realizar uma série de Boletins de Ocorrência contra proprietários de escolas e faculdades que transgredirem as leis contra os educadores. “Historicamente a educação particular é tratada como louros e destaque, queremos que seja assim, mas enquanto isso não acontecer vamos expor os nomes dos estabelecimentos de ensino e dos criminosos que atentam contra os professores”, contou Vasconcelos.

A diretoria do Sinpro/AL encaminhará o dossiê dos crimes cometidos pelas escolas ao agente público da Polícia Civil durante a futura reunião, em tempo, que deseja colaborar com as investigações que desembocará com uma rede de ilícitos. A entidade classista reitera seu posicionamento em defesa de todos os professores e deixa claro que não há espaço para criminosos no campo da educação!

Somos professores com orgulho exigimos respeito!