Professores se mobilizam contra “ataques de donos de escolas”, Sinpro/AL apoia essa luta

 

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Os graves problemas de desvalorização e desrespeito aos professores da rede privada de ensino não são privilégios dos professores alagoanos. Em Pernambuco, nosso Estado vizinho, os professores estão nas ruas no dia de hoje mobilizados contra os “ataques de donos de escolas”. O Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL) parabeniza a luta e a unidade da categoria.

Somos professores com orgulho e exigimos respeitos!

Matéria publicada pelo Sinpro/PE:
Nesta quarta-feira, 25 de maio, os professores da Rede Privada de Ensino em Estado de Greve farão uma assembléia – ato na Avenida Rui Barbosa, que é um dos principais corredores de tráfego da Zona Norte e o principal corredor da educação privada no Estado, onde concentra várias escolas no entorno. A assembleia será realizada em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, que também estão em campanha salarial. Os dois Sindicatos se uniram no sentido de resistir aos ataques dos donos de escolas. A concentração está marcada para as 7hras, em frente à Estação de Ponte d’Uchoa. A estação no centro da Avenida Rui Barbosa.

O retrato da educação privada é marcado pela exploração excessiva do trabalho, pela péssima remuneração e pela desvalorização profissional. Além disso se constitui também através de sérias irregularidades e desrespeito às leis trabalhistas. Este ano os patrões estabeleceram que será um ano de sacrifícios para os trabalhadores. A justificativa é que a crise econômica no país os impede de implementar condições de trabalho justas para aqueles que são os responsáveis pelos lucros que os empresários da educação acumulam.

2Contudo, nos últimos anos a educação no Brasil tem sido um dos setores da economia mais rentáveis. O setor educacional brasileiro passa por um intenso processo de mercantilização. As escolas particulares aplicam um reajuste de em média 15% nas mensalidades no início do ano, um índice acima da inflação, com a justificativa de arcar com o pagamento dos funcionários. No entanto, é importante esclarecer que esse aumento não é repassado aos salários desses trabalhadores.

Pauta reivindicatória dos professores:

A categoria exige o piso salarial unificado de R$15 a hora/aula para a todos os professores, reajuste salarial de 15% para o universo da categoria que ganha além do piso; adicional de 15% como hora aula-atividade mensal destinado ao tempo gasto pelo professor na elaboração de atividades extraclasse; direito alimentação- Vale Refeição; acesso à cultura e lazer- Vale Cultura, entre outros.

EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA!